Na macrorregião do Cariri, foram construídas com recursos do governo do Estado 36 Unidades Básicas de Saúde da Família nos padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na próxima semana duas novas unidades serão inauguradas. O secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, participa das inaugurações em Jucás, na próxima terça-feira (10), às 17 horas, e em Nova Olinda, na sexta-feira (13), às 8 horas.
O caso do PSF ainda não tomou um rumo e a população precisa conviver com essa indecisão. O entrave entre município e profissionais da saúde continua, enquanto isso, as unidades de saúde que foram construídas e reformadas para receberem a população estão abandonadas.No dia 9 deste mês, a equipe do site CAMPOS NOTÍCIA foi prédio do PSF no Parque aldeia e encontrou uma cena que representa o desperdício de dinheiro público.
Materiais odontológicos quebrados e jogados dentro do prédio, que estava completamente abandonado.
Nesta terça feira(13), a reclamação partiu dos moradores de Pernambuca. Por lá, a situação é semelhante e revolta quem depende de atendimento no SUS.
“Queimei o braço recentemente e precisei receber atendimento lá no posto de Ibitioca. É revoltante precisar de um auxilio da saúde e ver um prédio reformado para nos atender desse jeito. Cheio de mato e bichos”, desabafou, Mariangela Marinho, de 18 anos.
No prédio do PSF em Pernambuca há muito lixo e mato. O portão estava aberto e qualquer um consegue entrar no terreno que está abandonado.
“A prefeitura veio aqui no ano passado reformou tudo, mas o que é que adianta? Chegamos a pensar que finalmente teríamos o PSF em Pernambuca, mas logo a frustração tomou conta, já que nada aconteceu”, completou Mariangela.
Entenda o problema:
O problema acontece desde 2008. A prefeitura alega que a equipe de profissionais necessárias para o prosseguimento do PSF (médico, dentista, enfermeiro e agente comunitário de saúde) ainda não foi formada, pois os médicos não aceitam o valor, algo em torno de 5mil reais, nem a carga horária (40h) oferecidos pela prefeitura. O município diz que o Ministério da Saúde só autoriza o programa com a equipe completa.
O Conselho Regional de Medicina diz que o valor não condiz com o tempo de trabalho dos profissionais e que o valor adequado seria de 10 mil reais por 20 horas semanais. Novos profissionais já foram convocados pela prefeitura do município, mas ainda não compareceram para entregar a documentação necessária para a efetivação.
